segunda-feira, 1 de junho de 2009

6ª FORMAÇÃO DO PROGRAMA FORMADORA MIRIAM

6ª PAUTA DA FORMAÇÃO DO PROGRAMA LER E ESCRVER
Secretaria de Estado da Educação
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas
Programa Ler e Escrever

Formadora: Miriam Orensztejn

1ª atividade – Leitura em voz alta/Informes culturais/leitura do caderno de registro
2ª atividade – Retomada do trabalho pessoal: Mostra Cultural (entregar quadros elaborados na escola em parceria com o diretor)
3ª Atividade: Tematização/ Discussão – Reescrita – situação de produção de textos com apoio
Encaminhamentos:
· Discussão coletiva:
ü O que sabemos sobre a reescrita?
ü Proposta da reescrita de um conto:
§ Informar que reescreverão o conto para ser lido aos alunos e professores da sua escola
§ Reler o conto.
§ Propor o reconto oral
§ Escrita do conto
(em trios propor que um dos participantes fique na posição de observador da dupla e anote todos seus procedimentos:
· Pedir que escolham um participante do grupo para ser o observador;
· Orientar o observador para que registre todo o processo de produção da conto: definição do que escrever, definição de como escrever, escolha de melhores termos, uso da linguagem escrita, decisão de produção no rascunho ou não, revisão, escrita de uma nova versão, decisão de término do texto.
· O observador não deve interferir na produção.
§ Troca de textos para revisão pelos colegas (propor que se coloquem no lugar de primeiro leitor do texto e indiquem para o autor o que está bom o que falta, sugestões...)
§ Retomada do texto, analise das sugestões – preparo de uma nova versão.
§ Passar à limpo
§ Leitura do texto para o grupo

4ª atividade – Análise dos procedimentos de reescrita
Encaminhamentos:
· Perguntar aos que produziram: como foi produzir este texto?
ü pedir ao grupo que relate todos os passos dessa produção até o término da reescrita. Registrar na lousa;
ü pedir ao observador para ler o que registrou, comparando com que o grupo apresentou;
ü montar um quadro com os comportamentos observados e voltar a eles mais tarde.
· Socializar as anotações sobre os procedimentos dos que reescreveram o texto
· Discutir:
ü O que muda quando nos vemos na situação de quem tem que realizar a atividade?
· Retomar o que sabíamos sobre a Reescrita para ver se algo mudou

5ª atividade – Pensando como formador:
Encaminhamentos:
A. Leitura do trecho “Qual é o desafio” do capítulo 2 (anexo 1) – “Para transformar o ensino da leitura e da escrita”, do livro Ler e Escrever na escola – Delia Lerner;

· Ao longo da leitura, refletir sobre:
- Como o enfrentamento, por parte dos professores, desses desafios apresentados pode ajudar as crianças a adquirirem os comportamentos escritores necessários para uma produção de texto.

· Retomar o quadro com as anotações dos procedimentos da proposta anterior e completá-lo após a leitura e discussão do texto;

· Pedir que listem o que um planejamento de um professor deve conter para que o aluno tenha a oportunidade, de atuar como um escritor.

B. Planejamento do encontro com os professores

· Retomar a pauta do encontro com o grupo, analisar cada uma das propostas e tentar identificar qual o propósito de formação envolvido em cada uma delas.
· Socializar as respostas
· Propor que analisem as possibilidades de pautas, a partir desses princípios. Como em outras situações a pauta pode ser esta mesma, mas alertamos para que os CP’s estudem para se apropriarem do conteúdo e, dessa forma possam tratá-lo melhor no contexto da comunicação aos professores.


6ª atividade - Tarefa para o próximo encontro

Proposta: para ler e refletir
“As seqüências de atividades ou seqüências didáticas de atividades[1] são — como o próprio nome já indica — uma seqüência de atividades organizadas para trabalhar determinado conteúdo, seja ele discursivo, textual ou gramatical — em leitura, escuta ou produção — de modo a possibilitar ao sujeito uma apropriação efetiva dos aspectos do conhecimento implicados, de maneira progressiva. São exemplos de atividades organizadas nessa modalidade, as seqüências de leitura planejadas com a finalidade de se estudar um determinado tema; para se estudar as características de determinado gênero; para se estudar determinada regularidade ortográfica; características de determinado movimento estético da literatura, entre outros.”
Kátia L. Bräkling

Sobre a reescrita

Reescrita – o objetivo é que se apropriem da linguagem escrita e se aproximem da organização interna daquele discurso.
· Reescrita - estratégia para ensinar a escrever
· A reescrita é uma condição didática para escreverem os textos de autoria. Não pedimos para mudarem o conteúdo – pedimos para escreverem – o conteúdo está dado, por isso há uma nova versão sobre a textualidade, mas não há autoria sobre o conteúdo. Com a reescrita aprende-se sobre a textualidade, por isso que o conteúdo está dado.
· Antes de se produzir o texto precisa definir quem é o interlocutor, depois analisar se o conteúdo está de acordo com o interlocutor, a finalidade (para que se irá escrever este texto), de que lugar você escrever (isso não vale para os alunos pequenos), saber qual é o gênero que se vai escrever (é diferente escrever um conto de assombração de um conto de aventura), portador (se o texto será para uma revista, para um livro, para o site – faz diferença um lugar para outro – cada um dos portadores traz um limite de tamanho).
· Planejamento em parceria com o professor.



São exemplos de procedimentos e capacidades de produção de textos orais e escritos:
a) tomar notas de informações que precisarão estar contidas no texto que será produzido, considerando as características do tema/assunto, as finalidades colocadas, as características do gênero e do portador, assim como do lugar de circulação;
b) levar em conta os conhecimentos do destinatário para decidir que informações se incluem e quais se podem omitir no texto que se está produzindo;
c) organizar um esquema semântico do texto, prevendo quais informações constarão de cada parágrafo ou trecho do texto, considerando-se as especificidades do gênero e as preferências estilísticas do escritor;
d) elaborar o seu texto em função dos propósitos colocados;
e) reler o que está escrevendo e modificar, se necessário, enquanto se está redigindo o texto;
f) ao terminar o texto, reler o texto todo modificando-o caso seja necessário para torná-lo mais adequado às finalidades colocadas para o texto, ao lugar de circulação, ao portador, aos conhecimentos e interesses do interlocutor;
g) revisar o texto considerando a coerência e a coesão em relação à progressão temática;
h) editorar o texto de maneira a torná-lo adequado às características do portador;
i) utilizar recursos extra-verbais (gráficos, esquemas, fotografias, info-gráficos, imagens, em geral), caso seja adequado tanto ao gênero, quanto ao portador;
j) utilizar recursos como negrito, itálico, sublinhado para provocar efeitos de sentido desejados, procurando esclarecer o leitor sobre suas intenções;
k) passar a limpo o texto de maneira a torná-lo legível;
l) especificamente na produção de textos orais:
· estar atento para a reação da audiência, para apresentar “ementas” eventuais para o discurso produzido, de modo a buscar o esclarecimento de eventuais dúvidas;
· retomar aspectos que possam não ter ficado claro para a audiência;
· estar atento para o tempo de utilização dos recursos – se for o caso - durante a produção do discurso;
· estar atento para a duração prevista para o discurso – se for o caso;
· antes de encerrar – dependendo do gênero – retomar aspectos principais abordados na fala;
(entre outros aspectos específicos de cada circunstância de enunciação).
No que se refere aos comportamentos escritores e de fala, são alguns exemplos:
· quando a produção for realizada em grupo tomar decisões consensuais acerca dos múltiplos problemas que a escrita/produção oral apresentar;
· discutir com outros parceiros qual é o efeito que se pretende produzir com o texto e quais seriam os recursos mais adequados para tanto;
· submeter à consideração de alguns leitores o que se escreveu ou se está escrevendo ou o que planejou para o discurso oral, para poder ajustar melhor aos elementos do contexto;
· submeter à apreciação de parceiros a adequação dos recursos extra-verbais que serão utilizados em discurso oral;
(entre outros).


A produção de bons textos[2]
Escrever bem – produzir textos não só corretos, mas também bem escritos – é resultado tanto da leitura de muitos e diferentes textos como também da possibilidade de pensar e conversar sobre o ato de redigir. Por isso, é fundamental que o trabalho pedagógico de produção de textos se apóie em determinadas referências:
• A leitura é condição para a escrita de textos: não se pode escrever bem sem ter um amplo repertório de textos lidos/ouvidos.
• A leitura feita pelo aluno e/ou pelo professor deve ser diária: quanto menos os alunos souberem ler, mais devem ser desafiados a ler e mais devem ouvir leituras feitas pelo professor.
• O repertório de textos conhecidos precisa ser amplo e diversificado, se o objetivo for levar os alunos a produzir diferentes gêneros.
• O repertório adquirido por meio da leitura não é suficiente para garantir a qualidade na escrita: é preciso receber ajuda para pensar na organização dos textos, analisar suas características e olhar a própria produção com olhos críticos.
• É possível produzir textos sem saber escrever: basta ter ajuda e incentivo.
• É possível saber escrever mas não conseguir produzir textos por escrito: dominar tecnicamente o sistema de escrita não garante o uso eficaz da linguagem.
• Os textos devem ser revisados durante e após a escrita­.
• É preciso submeter os textos à leitura crítica de outras pessoas.
• É recomendável revisar textos escritos há algum tempo, para identificar eventuais inadequações e erros e observar como já é possível escrever as mesmas coisas de maneira diferente.
• É recomendável guardar os rascunhos, para poder analisar o próprio percurso criador e compreender que os textos são sempre provisórios.
• As propostas de produção de textos devem ser contextualizadas, funcionais e significativas.
• As propostas iniciais de produção de textos podem se apoiar em outros textos.



ANEXO 1

Qual é o desafio?[3]

O desafio é formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que possam “decifrar” o sistema de escrita. É – já o disse – formar leitores que saberão escolher o material escrito adequado para buscar a solução de problemas que devem enfrentar e não alunos capazes apenas de oralizar um texto selecionado por outro. É formar seres humanos críticos, capazes de ler entrelinhas e de assumir uma posição própria frente à mantida, explícita ou implicitamente, pelos autores dos textos com os quais interagem, em vez de persistir em formar indivíduos dependentes da letra do texto e da autoridade de outros.
O desafio é formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis que a literatura nos oferece, dispostas a identificar-se com o semelhante ou a solidarizar-se com o diferente e capazes de apreciar a qualidade literária. Assumir este desafio significa abandonar as atividades mecânicas e desprovidas de sentido, que levam as crianças a distanciar-se da leitura por considerá-la uma mera obrigação escolar, significa também incorporar situações em que ler determinados materiais seja imprescindível para o desenvolvimento dos projetos que se estejam levando a cabo, ou – e isto é igualmente importante – que produzam o prazer que é inerente ao contato com textos verdadeiros e valiosos.
O desafio é – por outro lado – orientar as ações para a formação de escritores, de pessoas que saibam comunicar-se por escrito com os demais e com elas mesmas, em vez de continuar “fabricando” sujeitos quase ágrafos, para quem a escrita é tão estranha, que se recorre a ela somente em última instância e depois de haver esgotado todos os meios para escapar de tal obrigação.
O desafio é conseguir que os alunos cheguem a ser produtores de língua escrita, conscientes da pertinência e da importância de emitir certo tipo de mensagem em determinado tipo de situação social, em vez de se treinar unicamente como “copistas” que reproduzem – sem um propósito próprio – o escrito por outros, ou como receptores de ditados cuja finalidade – também estranha – se reduz à avaliação por parte do professor. O desafio é conseguir que as crianças manejem com eficácia os diferentes escritos que circulam na sociedade, e cuja utilização é necessária ou enriquecedora para a vida (pessoal, profissional, acadêmica), em vez de se tornarem especialistas nesse gênero exclusivamente escolar que se denomina “composição” ou “redação”.
O desafio é conseguir que a escrita deixe de ser na escola somente um objeto de avaliação para se constituir realmente num objeto de ensino; é tornar possível que todos os alunos se apropriem da escrita e ponham em prática, sabendo – por experiência, não por transmissão verbal – que é um longo e complexo processo constituído por operações recorrentes de planejamento, textualização e revisão. É assim que se irá abrindo o caminho para que este conhecimento deixe de ser patrimônio exclusivo de alguns privilegiados que têm a oportunidade de adquiri-lo fora da escola, enquanto outros continuam acreditando no que a apresentação escolar da escrita leva a crer: que é possível produzir um texto quando começa a aula e terminá-lo quando bate a sineta; que é possível começar a escrever no momento mesmo em que foi definido o tema que será objeto do texto; que a escrita foi concluída quando se pôs o ponto final na primeira versão; que corresponde a outra pessoa – ao professor, não ao autor – se encarregar da revisão.
O desafio é promover a descoberta e a utilização da escrita como instrumento de reflexão sobre o próprio pensamento, como recurso insubstituível para organizar e reorganizar o próprio conhecimento, em vez de manter os alunos na crença de que a escrita é somente um meio para reproduzir passivamente, ou para resumir – mas sem reinterpretar – o pensamento de outros.
O desafio é, em suma, combater a discriminação que a escola opera atualmente, não só quando cria o fracasso explícito daqueles que não consegue alfabetizar, como também quando impede aos outros – os que aparentemente não fracassam – chegar a ser leitores e produtores de textos competentes e autônomos. O desafio que devemos enfrentar, nós que estamos comprometidos com a instituição escolar, é combater a discriminação desde o interior da escola; é unir nossos esforços para alfabetizar todos os alunos, para assegurar que todos tenham oportunidades de se apropriar da leitura e da escrita como ferramentas essenciais de progresso cognoscitivo e de crescimento pessoal.



ANEXO 2

Algumas considerações sobre as condições didáticas para a produção textual
Organizado por Bia Gouveia


As 3 condições didáticas essenciais para a produção de textos são: o que escrever, para que escrever e para quem escrever. A seguir, algumas breves considerações sobre cada uma delas.


1) O que escrever – para esta condição didática podemos traçar as seguintes considerações:

q A importância da definição de gênero e do conhecimento dos textos via familiaridade por meio da leitura, ou seja, por meio de atividades permanentes de leitura pelo professor. Reconhecer que os textos só existem constituídos em um gênero e que a familiaridade com a leitura é condição para a produção de textos.A discussão é: como se conhece gêneros? Segundo Delia Lerner, um conteúdo está em ação cada vez que é posto em jogo pelo professor ou pelos alunos ao lerem e ao escreverem, e é objeto de ensino e de aprendizagem mesmo quando não seja objeto de nenhuma explicação verbal; esse mesmo conteúdo pode tornar-se, em outro momento, um objeto de reflexão, quando os problemas apresentados pela escrita ou leitura o requeiram.Isso quer dizer que para os alunos se familiarizarem com notícias jornalísticas, é fundamental que o professor leia notícias com freqüência, ou se o objetivo for que aprendam a ler textos difíceis é preciso que o professor leia textos difíceis. No texto “Um Decálogo para ensinar a escrever” de Auguste Pasquier e Joaquim Dolz, observamos que para escrever textos é preciso reconhecer a pluralidade de gêneros textuais que existem, suas características lingüísticas e a situação particular de comunicação a que se destinam. Esta concepção se opõe a indiferenciação textual, ou seja, a idéia de que se ensina a escrever a partir do procedimento generalizável a todo texto, a idéia de escrever “sobre algo”.


q A diferença entre ensinar estruturas textuais e promover práticas de escrita e os comportamentos do escritor. O ensino das superestruturas textuais embora “(...)ajude a resolver alguns problemas apresentados pelos textos, não é suficiente para resolver a multiplicidade de problemas envolvidos na construção ou na compreensão de cada texto. Aprender a resolver esses múltiplos problemas requer enfrentá-los no quadro da leitura e da escrita, requer produzir como resposta a eles os conhecimentos lingüísticos necessários para resolvê-los.(...)Planejar, textualizar, revisar mais de uma vez ... são os grandes comportamentos do escritor, que não são observáveis exteriormente e que acontecem, geralmente, em particular. No entanto, decidir os aspectos do tema que serão tratados no texto – uma atividade mais específica envolvida no processo de planejamento – supõe determinar qual á e informação que é necessário dar aos leitores e qual se pode omitir, porque é previsível que estes já a manejem ou possam inferi-la, quer dizer, supõe considerar os prováveis conhecimentos dos destinatários. Evitar ambigüidades ou mal-entendidos – uma atividade envolvida no processo de textualização/revisão – implica, ao mesmo tempo, uma luta solitária com o texto e um constante desdobramento do escritor que tenta imaginar o que sabe ou pensa o leitor potencial ... As exigências desse desdobramento levam o escritor a pôr em ação outras atividades na quais se introduz mais claramente a dimensão inter-pessoal: discutir com outros qual é o efeito que se aspira produzir nos destinatários através do texto e quais são os recursos para consegui-lo; submeter à consideração de alguns leitores o que se escreveu ou se está escrevendo ...” – Delia Lerner – Cap. 3 – Ler e Escrever na Escola – o real, o possível e o necessário.


q O conteúdo sobre o qual se vai escrever. A discussão é como garantir que as crianças saibam o que será escrito para saber como irão escrever. Podemos abrir para 2 exemplos:

a) reescrita: a reescrita é uma atividade em que se parte de um enredo conhecido e se cria uma nova versão. Para realizar uma reescrita, é preciso recuperar os acontecimentos do conto oralmente, assegurando a presença da linguagem que se escreve, pois o reconto é uma condição didática para reescrever textos.


b) texto de autoria: por exemplo, a escrita de texto informativo a partir do estudo de diferentes textos-fonte. A condição didática para esta atividade é ter reconceitualizado o objeto de estudo, falar sobre o que aprendeu e, portanto, escrever na ausência das notas ou resumos dos textos-fonte e socorrer a eles para resolver problemas específicos do escritor: para saber nomes científicos, datas, recursos coesivos específicos dos textos informativos. Como desvincular a produção dos textos das notas e resumos é um grande desafio e um problema didático para o professor. O aluno tem que se encarregar da planificação e da textualização (o conteúdo e a forma do escrito).



2) Para que escrever – para esta condição didática podemos traçar as seguintes considerações:

q Presença da função comunicativa – discussão que linguagem é comunicação e a linguagem escrita é a comunicação com o leitor ausente no tempo e/ou no espaço.O problema do escritor é considerar este leitor ausente para tentar ser claro na sua intenção comunicativa.
q A revisão tem como função principal olhar para os aspectos discursivos pensando no leitor e sua condição de compreensão da intenção comunicativa do texto (a revisão é um comportamento do escritor quando se produz texto com intenção comunicativa). Revisar é olhar de novo, considerando o leitor.
q Para ensinar a escrever é preciso colocar o aluno diante do problema real do escritor – o que mais garante a autoria é a planificação e a textualização.


3) Para quem escrever – para esta condição didática podemos traçar as seguintes considerações:

q Esta condição está relacionada a adequação do discurso ao destinatário real.É fundamental conhecer o destinatário, saber quem será o leitor do texto que irão escrever e de que forma irão utilizá-lo.
q Conhecer o destinatário é essencial para a intenção do discurso e para o escritor assumir também o papel de revisor, uma vez que precisa tornar o texto cada vez mais compreensível ao leitor.
q Se não houver um destinatário real, o escritor passa a escrever sobre algo sem considerar um leitor.

[1] Inspirado em: DOLZ, J.; B. SCHNEUWLY & J.-F. DE PIETRO 1998 Récit d’élaboration d’une séquence: Le débat publique. IN: J. DOLZ & B. SCHNEUWLY (eds) Pour un Enseignement de l’Oral: Iniciation aux genres formels à l’école. Paris: ESF Editeur, 1998.

[2] Retirado do texto “Escrever é preciso” – Rosaura Soligo – publicado em “Cadernos da TV Escola”, MEC/1999.
[3] Texto extraído do texto: “Para transformar o ensino da leitura e da escrita”. Livro: LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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